segunda-feira, 31 de março de 2008

Curitiba, Terra da Garoa

O clima domingo de manhã estava até claro, com um restinho do frio que chegou no sábado à noite. Só me dei conta da umidade quando a Angela falou que estava garoando. Continuei meus preparativos e fui assim mesmo para o encontro dos Velhinhos. A garoa já aumentou a meio do caminho, molhando para valer a parte da frente da roupa, já que não quis me dar ao trabalho de colocar o agasalho.
- Será que vai algum maluco hoje? pensei.
- Não importa, é melhor mesmo que não vá ninguém, assim volto para baixo das cobertas.

Resolvi fazer um caminho diferente. Esqueci que a opção escolhida tinha um pequeno trecho em descida de paralelepípedo. Quem disse que o freio funcionava, com a roda deslizando sobre o piso? E para segurar o balanço da roda traseira escorregando na pedra, como é que faz? Acho que por sorte consegui controlar a bicicleta e chegar no asfalto da preferencial sem problemas.
Chegando no Centro Cívico já estava um pessoal participando da prova ciclística do aniversário da cidade de Curitiba, lutando para controlar seus pneus lisos, slick, nas curvas com pinturas de asfalto lisas. Ô pessoal disposto!

No ponto de encontro, 15 para as 9, já estavam Romualdo e Cândido conversando. Integrei-me às conversas, mas logo foi chegando mais gente animada e excitada com o clima alternado de garoa e estiagem. Para surpresa de todos nós, fechamos um grupo de 12! Depois de ouvirmos atentos a história do Dr. Schneider, que foi ameaçado pelo filho presidiário de um paciente do Posto, falecido em casa por infecção com aids. Nesse clima, melhor optar por um circuito de asfalto, concordei com o Romualdo.

Seguindo suas orientações, fomos pela ciclovia até a Amintas de Barros, passando para a Marechal Deodoro depois da subida até a Ubaldino. Na continuação é a Vitor Ferreira do Amaral, até entrarmos à esquerda na Maringá. Depois alcançamos a rua da Graciosa, por onde chegamos a Quatro Barras. Pausa para um café com leite na padaria, que ninguém é de ferro. Não sei bem se continuamos pela rua São Sebastião ou pela Avenida das Pedreiras. Dado o pavimento em paralelepípedo, é mais provável que tenhamos ido pelo caminho dos pedreiros ... para chegar no Contorno. Daí foi só chegar na João Jacomel, onde um grupo resolveu continuar para ir pela BR277, para irmos até Pinhais e achar o caminho de casa. Não sem antes dar uma paradinha para uma compra de um cinto e um chapéu do vendedor cearense.

O meu cateye não marcou nada, porque o sensor saiu do lugar e eu só reparei muito depois, e nem consegui fixá-lo direito quando vi o problema. Mas o marcador do Cândido mostrou 70,2 km, de modo que o meu indicaria aí uns 74 km de garoa. Com essa umidade toda só tirei umas fotos em pontos onde não tinha perigo de molhar a nova câmera.

domingo, 23 de março de 2008

Domingo de páscoa e zoológico



Hoje fomos novamente ao zoológico. Estávamos em 17 pessoas. Com esse percurso, por ser mais plano, embora longo, coisa de 54 km ida e volta, o Pepe pôde acompanhar perfeitamente o grupo, mesmo ainda estando em recuperação.

Mesmo percurso, mas outro momento, outras pessoas, um novo passeio.
Três pessoas vieram pela primeira vez: o Douglas e o casal Paulo e Denise. Ótima companhia. Foi um passeio muito legal, mais uma vez.

As fotos: uma ligeira pausa para reagrupamento do pessoal. Pepe, 82 anos, meu ídolo, pedalando firme no seu ritmo. Um par de araras azuis.





Espero que no próximo domingo a gente consiga chegar mais cedo e ir até uma gruta a 25 km de Colombo, que o Villa foi na sexta-feira passada.

sábado, 22 de março de 2008

Zoológico

Durante a semana fiquei sabendo de um acidente, ocorrido no domingo de ramos, com um cicloturista em passeio de grupo nas proximidades da cidade. Até mandei um e-mail para a Dóris, buscando mais informações, mas a situação era de espera mesmo.

Mas na 5a.-feira depois do trabalho ainda encontrei um outro e-mail da Dóris chamando para um passeio na 6a. Respondi dizendo que iria no horário de sempre, mas na 6a.-feira estava me preparando um pouco mais cedo quando ela me telefona para ver se a gente conseguia sair às 8. Dito e feito, consegui chegar na hora, no mesmo momento em que a Dóris chegava, e ainda esperar a presença da Patrícia e do Jaílson. Ele tinha esquecido do capacete e voltou correndo para buscar, em sua casa pertinho do local de encontro.

A minha sugestão foi para irmos ao Zoológico, por ser um percurso mais leve. A Patrícia disse que nunca tinha ido, fiquei até surpreso. O caminho que a gente faz costuma ser pela rua Canal do Rio Belém. No início do ano já fiz esse caminho com meu filho caçula que me visitava aqui em Curitiba, uma ótima lembrança. Coitado do Rio Belém. Amanhã não, hoje, 22 de março, é o Dia Nacional da Água, estava prevista uma pedalada desde a sua nascente, no bairro Cachoeirinha, até o Parque Náutico Iguaçu, passando pelo São Lourenço, Centro Cívico, Centro, Rebouças, Boqueirão. Mas creio que não haverá o evento, em razão do acidente referido. O que era para ser uma ciclovia paralela à rua não mais existe, devido à erosão das margens.

No caminho encontramos o senhor Alfredo, que escreve numa língua desconhecida para nós. Sua mansão é cheia de faixas ininteligíveis. Ele diz que já está morto há 63 anos, segundo os documentos, mas ninguém acredita nem resolve o seu problema. Um tanto estranho mesmo, acho que é uma figura reconhecida na cidade.

Desta vez quem deu problema foi a minha bicicleta. Já no Boqueirão, bem próximo ao Parque Náutico Iguaçu, escutei um estalido no selim. Estávamos já meio perdidos no caminho, tentando achar o local correto, quando me afastei um pouco dos companheiros, e aí o selim caiu de vez. Pude ver que se tratava do parafuso de fixação do mesmo, partido ao meio. Comecei tentar pensar em alguma maneira de fixar o selim para voltar, mas descobrimos a bicicletaria do Odair bem pertinho dali. Pedalar só com o canote, sem o selim, foi moleza sem ter ninguém para ficar fazendo gozação. Minha sorte foi que a turma não estava toda lá para depois ficar pegando no meu pé. Mas o dono da Nego Bike conseguiu arrumar um parafuso por lá, nem sei como. Eu pensara que o passeio já tinha terminado dali, mas que nada, o conserto nem demorou tanto assim e pudemos continuar até o zoológico como planejado.

Acabou sendo um bom passeio, como saímos mais cedo voltamos num horário bom (por volta do meio-dia), mesmo com o incidemte do selim. Só esqueci de marcar a quilometragem, mas ali dá uns 50 km de distância, ida e volta, mais ou menos.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Clube Primavera


No domingo passado a Sandra e um grupo de conhecidos queriam ir até o Clube Primavera, então fomos até lá guiados pelo Romualdo. O Pepe, o Jansen e o Tarzan não quiseram acompanhar o grupo devido às subidas mais pesadas e foram para os lados de Pinhais. Mas deu tempo do Carlos Renato contar que passou o sábado tão entretido em fotografar no borboletário que se esqueceu de comer e beber. Deu-se conta quando começou a não se sentir bem, e, olhando o relógio apontar mais de 5 h da tarde, reparar que ficara todo o tempo sem ter ingerido absolutamente nada. Ê paixão pelo que faz!


Como alguns tinham comentado sobre a possibilidade de chegar e sair mais cedo, cheguei no ponto de encontro antes das 8:30. Fiquei rodando por ali, devagarzinho. Descobri essa escultura na frente do Tribunal de Contas. Achei-a um tanto confusa. Deve ser porque pretende representar as contas públicas? Espero que seja apenas uma questão estética, e não uma imagem expressiva dessa realidade específica.


O caminho do passeio é bem parecido com o que fiz na terça-feira de carnaval. Só que o fizemos todo pelo asfalto. Também foi legal fazer em grupo.

Um cavaleiro que vinha com dificuldades para controlar o cavalo achou ruim quando um fusquinha nos ultrapassou e deu uma buzinadinha. Mesmo amistosa, o comentário do cavaleiro foi sintomático: - o cavalo já está nervoso, precisava buzinar para complicar ainda mais? Esse é um problema dos automóveis, o ruído. E nem é tanto o ruído do motor, quando os escapamentos estão em bom estado, mas o pneu no asfalto é que causa grande ruído. E quando buzinam, então ...



O caminho realmente tem umas subidas boas, então em termos de distância não é grande coisa. A média também ficou muito baixa devido à circulação em baixa velocidade enquanto esperava o grupo chegar. Distância total de 42,4 km, 57,5 de máxima, 13,1 de média, 3 hora 14 minutos.

Ah, mas teve também o destaque dos furos de pneu. O Nelson conseguiu ter 3 furos diferentes! Nem com a reza do Domingo de Ramos o moço consegui pedalar direto sem ter que fazer que fazer conserto. No fim ainda dei palpite, joguei fora a câmara dele, colocamos uma das minhas reservas que não enchia, jogamos essa fora também e colocamos a segunda para funcionar. Espero que essa tenha ficado, vamos ver no próximo domingo. Isto se a gente não sair para pedalar na Sexta-feira Santa.

domingo, 9 de março de 2008

Estrada da Sereia

Museu do Mate na BR 277 Curitiba-Ponta Grossa

Hoje subimos para a Manoel Ribas pela Inácio Lustosa, seguindo para o Parque Barigüi. Continuamos pela Rodovia do Café, BR 277, sentido Ponta Grossa. Encontramos pelo menos uns dois grupos pedalando por lá também. Fomos até Campo Largo, onde entramos pela Estrada da Sereia, um local muito bonito, alto, com lindas vistas.

Pena que minha máquina anda apresentando falhas de funcionamento, então não consegui tirar as fotos mais bonitas. Pena que muita gente não foi, porque foi um belo passeio. Romualdo, Pepe, Tarzan, Nelson, Jansen, Ricardo. É que eles devem ter feito algum cicloturismo diferente. Mesmo assim, estávamos em 16 pessoas na maior parte do tempo, pois houve alguns encontros e desencontros, mas no final deu tudo certo. Como sempre, tivemos dois pneus furados. O segundo com 3 furos de uma só vez! Bom, pode ser que não seja sempre necessário, mas aprendi com o Romualdo a tentar descobrir o local do furo com a câmara de ar no local, e a partir daí localizar no pneu a causa do furo, um caco de vidro, um pedaço de arame, etc. Porque de nada adianta colocar uma câmara nova sem retirar do pneu o agente causador do vazamento. Por não observar tal procedimento já troquei três câmaras numa ocasião. Então, mesmo que alguns achem desperdício de energia, é muito recomendável tal procedimento.


Pela Estrada da Sereia chegamos novamente a Ferraria, onde um cachorrinho ficou posando para fotos e o pessoal fez um brinde com uma cerveja, a primeira gelada do caminho. Eu até tomaria também, mas não confiei na minha reação. Dali fomos pela estrada do Passaúna até o Contorno. Do Campo Comprido seguimos para o Parque Barigüi. Ainda encontramos um casal que tinha pedalado com o grupo denominado Os Clandestinos, vindo por Araucária.


Os números são de menor importância, mas vá lá: 60 km, 3h 50 min, max 51 km/h, média de 15,4 km/h.
Um casarão interessante

segunda-feira, 3 de março de 2008

Curitiba

Foto Paraná Educativa


O nosso querido amigo Tarzan participou do programa Nossa História, versando sobre o artista plástico Poty Lazarotto, levada ao ar no sábado, 1 de março, das 18 às 19 horas, pela Radio Paraná Educativa AM 630.

Carlos Renato Fernandes é autor, entre outros, do belíssimo livro de fotografias Curitiba.


Complementando o post, vão aí figuras com as capas de livros anteriores do Carlos Renato, que são O Paraná e Ferrovia Paranaguá - Curitiba. As edições destes parecem estar esgotadas, encontrando-se-os à venda talvez em sebos:

domingo, 2 de março de 2008

Despedida do Daniel e passeio em Campo Magro

Um belo domingo de sol. Já saí de casa um pouco atrasado. Fiquei acordado até tarde para assistir a entrevista de Elza Soares e meu cunhado Marku Ribas no programa Altas Horas, a respeito do filme Chega de Saudade, no qual fazem o papel de crooners da orquestra que conduz o baile. A trilha sonora já lançada em CD é muito boa e variada. Não sabia se chegaria a tempo, mas a bicicleta revisada, e já testada na Bicicletada Bissexta, tava prontinha, foi só sair. Cheguei pouquinha coisa depois das nove, estava lá o pessoal.

O Pepe apareceu, que bom, melhorou da gripe! Mesmo não indo no passeio, é muito bom vê-lo pedalando na cidade.









Daniel e Vera desta vez já estavam lá, fizemos imediatamente uma ligeira sessão de fotos (Daniel é meu chapa mesmo, que fotógrafo foi arrumar...). Apaixonados, os dois vão para o exterior, viver em Israel! Tudo de bom para os dois, que merecem! Não precisam nem pedalar hoje.



Novamente, dois pneus furados já na praça. Conserta daqui, conversa dali, fotos para acolá, acho que saímos para mais de nove e meia. Pela ciclovia, rumo ao São Lourenço, mas continuando pelo subidão da Mateus Leme até o trevo para pegar o contorno rumo à BR 277 sentido Ponta Grossa. Subidinha puxadinha no início do contorno. Depois, pedalar até a entrada de Campo Magro, subindo a Manoel Ribas. Paradinha para um caldo de cana com chorinho, continuação até o Clube de aeromodelismo, na altitude de 1.012 m segundo o google maps. Ah, já ia esquecendo de contar sobre mais um furo no pneu do Ricardo, premiado com vários consertos desde a semana passada.










O pessoal tava apressado, voltou logo, sem dar tempo de experimentar o pastel de banana elogiado pela turma. As subidonas encaradas depois do contorno e no caminho do Clube de Aeromodelismo ficaram para trás, e veio um percurso mais maneiro, ainda com pequenas subidas intercaladas com boas descidas. Num trecho de bosque saiu a corrente da Gerce, que ela deu logo um jeito de recolocar com a minha ajuda, e logo alcançamos o Jansen que nos esperava. Susto mesmo foi quando o cachorrão de cara feia prá caramba deu uma corrida na Gerce e depois veio para o meu lado. Pensei cá comigo, cara, se esse cachorrão quiser morder meu calcanhar vai acabar comigo, tô pedalando forte para correr dele e não consigo desclipar, para soltar os pés tenho que parar, se ele quiser me pegar vai ser moleza para ele ... Mas ainda bem que fez meia volta. Depois fiquei lembrando da Oração do Ciclistas, na parte em que diz: Fazei com que os cães, melhores amigos do homem e das crianças, não nos persigam, não ponham em risco nossas vidas.



Logo alcançamos a BR 277 e em pouco tempo a divisa Campo Largo – Curitiba. Dali a minha chegada em casa ali no Bigorrilho foi um pulinho, uns 10 km de descida (depois da subida do posto policial) e amplo acostamento, mas o Romualdo, o Jansen e a Gerce ainda tinham mais uns 5 km com umas subidinhas puxadinhas. Algumas fotos adicionais estão no meu álbum.

A quilometragem que fiz atingiu 50 km, máxima de 51 km/h, 3 horas e 20 minutos, média de 14,2 km/h. A média é baixa, mas não nos preocupa. Pegamos muitas subidas pesadas e não estamos em nenhuma competição, o negócio é passear.